Sinopse de "O Diálogo, porque não? - A última oportunidade para a Paz"
Pedro
Delgado é, atualmente, Cônsul de Portugal em Auckland, capital da
Nova Zelândia. Um país com cerca de 4 milhões de habitantes,
dispersos por duas ilhas. Tranquilidade e segurança é o que oferece
este pequeno paraíso na Oceânia. Lindas praias de água azul,
floresta com abundante vida selvagem, deserto, um local com um dos
melhores patamares de qualidade de vida do mundo.
No
entanto, se Pedro soubesse o que o destino lhe reservava, talvez as
suas opções dos últimos dois anos tivessem sido diferentes.
Em
2006, era Assessor do Gabinete do Ministro dos Negócios
Estrangeiros, em Lisboa.
Um jovem como todos os outros, oriundo duma família do
Norte, de Amarante, terra onde o religioso infundiu carácter à
cidade, um conjunto urbano com dimensão ganha pela monumentalidade
dos seus mosteiros e igrejas.
Pedro
nasceu ali há 30 anos. Garoto de princípios escorreitos, rapaz
apurado na virtude, demais deveres e propósitos, até aos dez anos
de idade. Coincidência ou não, quando a eletricidade e acessos com
pavimento chegaram a casa de seus pais, num dia de inverno rigoroso
foi enfiado
num colégio particular, numa terra próxima, onde a disciplina
governava todo o comportamento.
Aí
passou cinco anos, talvez os piores de sua vida, em permanente
clausura. Só saía durante as curtas férias escolares e, mesmo
assim, cheio de exercícios de matemática para praticar. Talvez essa
a razão por que acabou, no Porto, tirando o curso de Direito. A
reclusão colegial aplicada pelos padres foi rigidamente revista na
república onde passou os cinco anos seguintes. Bom aluno e mariola
quanto baste. As olheiras permanentes, tanto pelo estudo aturado de
dias e noites seguidas, como pelos segredos repartidos com colegas em
convívios de gozo picante, deram-lhe grandes lições de vida, que o
foi habilitando a uma capacidade de liderança hábil, em situações
difíceis e sem ferir suscetibilidades mundanas: ou seja, encontrou
na vida noturna do Porto o doce toque das subtilezas da diplomacia.
Talvez, por isso, a sua primeira e até agora única atividade
profissional fosse nesse campo.
As
deslocações ao estrangeiro eram assíduas.
Foi
numa dessas viagens que conheceu Miss Jane, filha do embaixador
Anthony Forrester, representante diplomático das Antilhas
Holandesas, em Ankara. Morena, cabelo curto, vestido
comprido bege que lhe moldava o corpo esbelto...
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