Sinopse de "No regaço das Virtudes"

Claudine e João Maria são um casal atormentado pela destruição dos seus sonhos de vida.
Labaredas incontroláveis, madeiras velhas de muitos anos provocando o caos, as crianças, por detrás do cordão de segurança dos bombeiros, vendo as chamas consumirem toda uma história de um passado inesquecível, quarteando o futuro da sua Escola Inclusiva.
A organização Cristo Ressuscitado... A Igreja a "grande senhora feudal"… As suas punições, penitências, exigência de peregrinações, excomunhão... A Inquisição, o tribunal que condenava os acusados de heresias. A sedução pelos bens materiais... dizia um bispo do século IX: "Para ordenar um padre, cobrarei em ouro; para ordenar um diácono, cobrarei um monte de prata (...). Para chegar a bispo, paguei bom ouro, mas agora hei de rechear a bolsa". As ordens monásticas... As ordens religiosas...
Descobriram, que desde a Revolução Francesa, foram armazenadas centenas e centenas de valiosas peças, que representavam de algum modo o poder eclesiástico, nas catacumbas de um velho hospício de Paris. No seu Auberge des Enfants
Roma... a Basílica de S. Pedro... o Papa... a sua intransigência face à descoberta do Evangelho de S. Pedro. Jesus pedira: “Igualdade para os mais fracos. Que os diferentes tenham os mesmos direitos, deveres, privilégios e oportunidades”. Quem os marginalizar deles não será o Reino de Deus”. S. Pedro, no seu Evangelho, foi mais longe, como criador da primeira pedra da Igreja de Cristo na Terra, escreveu: “A Igreja que fundei em Roma terá como missão cuidar dos fracos, dos infelizes, dos que precisam de esmola e força para ultrapassar as dificuldades”. Prevejo a Igreja de Cristo na Terra nem sempre a mais colaboradora, paciente, casta, honrada e, sobretudo, pobre”. “O exemplo será tremendo para o equilíbrio espiritual dos povos, das raças de todo o cariz, da livre escolha. A Igreja que implantei aceita ideologias diversas na persecução do ideal da fé em Cristo, filho do Pai”.
- Alguém me está a pedir alguma coisa – pensa Claudine
Nervosismo que a faz vaguear pela sala, onde diariamente cozinha e passa grande parte dos seus dias, por vezes longos dias, lendo ou apenas cismando sentada frente ao vale que se estende à sua frente num manto de pinheiros, relva e água descendo a encosta, uma vista que não se cansa de observar. No outono, uma paisagem melancólica, como agora, folhas amarelecidas no chão verde, uma neblina matinal que convida ao escrutínio da quietude da natureza, um som de água correndo sobrevoando a densidade do nevoeiro; no inverno, a manifestação da força dessa prodigiosa natureza, a diversidade dos infinitos modos da sua ordem lógica, o prazer de observar por detrás dos vidros da janela; a primavera, o encanto, o som das pequenas aves que agitam a quietude das flores que despontam; ou o verão, o prazer de estender os corpos na relva, o desfrutar da água fria da pequena piscina cavada sob a árvore-chorão do jardim de sua família.
- Precisa-se de um “Vaticano III”!
O que fazer para o conseguir?

Comentários

Postagens mais visitadas