Planando alto em teus sonhos
Procuro-te no desfiar do tempo
Na névoa que a brisa rarefaz
Sob os pingos de orvalho que no
vidro deslizam
No riso dos putos que
pontapeiam na calçada.
Vejo o carro que voa estrada
abaixo
Meu olhar revira-se na
esperança:
“Talvez de mim levassem de
mansinho
A coberto da poeira que
contradança”.
Ergo braços ao alto e choro
Querendo pensamentos alinhar
Contigo, com Deus ou com o
Diabo.
Que em meu peito te queiram
acopolar.
Teu regresso seria cantado
Pelas musas alinhadas na
campina
Os fantasmas erguendo seus véus
E as pedras rebolando em
surdina.
E eu e Tu… seriamos vento
Erguidos de manso na calçada
Planando alto nos Céus
Sorrindo na felicidade
encontrada.
(Mai 2017)
Comentários