Em Londres...
Londres...
O
nosso hotel, a cama desfeita, seis da tarde.
Um
drink no bar, olhares curiosos, um jantar à francesa.
A
sala fervilha, violinos se afinando, olhos expectantes.
Um
acorde no ar, um baixo que ressoa, um dedilhar de piano.
Sons
de harmonia nos ouvidos ecoam, o ritmo do jazz invade o ambiente.
Olhos
que retêm sons, vibrações invadindo os corpos em silencio
consentido.
Os
copos de cristal trinam na evasão do som expelido.
Palmas
ecoam, bravos à mistura, virtuosos agradecem.
Damas
erguem-se, cavalheiros envolvem-se.
Uma
porta abre, o último drink se saúda,
Olhos
meigos agradecem, em paixão se envolvem.
Amor
no ar sob os lençóis já na tarde desfeitos.
Três
da manhã, uma luz que se fecha.
Obrigado,
meu Amor!
(Jun
1980)
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