Tristeza
Afogo
minhas cinzas
No
corpo que de mim foge.
Navego
sulcos do imaginário
Procurando
a luz que se esvaiu.
Na
máquina do sonho que torna
Todas
as vidas suportáveis,
Navego
sem acordo,
Mareio sem cordas nem nave,
Todos
os dias atarraxo
As
tábuas do meu caixão.
Entre
nuvens e peixes que rondam
Meus
antigos apetites,
Vejo
a vileza espalhada nas trevas.
Nelas,
viaja minha sorte esvaída,
Enquanto
meu amor se perde na névoa.
Ó
Deusa!
Porque
me tens amarrado à vida?
Porque
não me levas ao porto que anseio?
(Mai
2015)
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