Dor



Dor
Tu não me amas! Nunca me amaste!
- Oh? Deus, que estou dizendo?
Amaste sim, amaste!
Eu é que não te amei.
- Oh! Confusão minha.
Louco de tanto amar estarei?

Verti lágrimas de dor!
E tu, alguma te caiu
por essas faces belas?
- Se isso não sucedeu, ainda bem.
Eu por ti chorei.
As lágrimas na tua cara
fariam sulcos, rugas, mazelas.

A dor que se centre em mim!
Eu apenas quero morrer
e tu deverás sempre ser
o que és hoje – radiosa
como as rosas do meu jardim.

As nossas linhas cruzaram-se,
não soubemos aproveitar.
Desejaria que as retas fossem curvas
para de novo as encontrar.

Mas hoje, amanhã, um dia...
em encontro fortuito de nossas mãos
se houver chama nos olhos nossos
então, então... ah! Então...
(Set 1979)

Comentários

Postagens mais visitadas