O nascer do Dia
Mãos sombrias
de fontes de ilusão
inundam meu acordar.
Rosas vermelhas
de rude beleza
moldam a obscuridade.
Inóspitos campos,
povos embriagados,
respiram amor.
Poemas arreabatados
de sangue masculino
despertam o dia.
Experiências da carne
em fachadas de gelo
trespassam os campos.
Uma mulher que aperta
sua mesa devoradora
grita para além da linguagem.
Lugares tremendos
vontades tamanhas, justapostas,
somam-se à candura do acordar.
O cabelo inocente
que banha minha face
dá-me vontade de cantar.
Morrerei esta manhã?
Apalpo meus ossos,
sinto as veias correndo.
Não!
Não será ainda hoje!
Meus fantasmas agarram-me à vida!
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