Solidão!
A
garota do Ipanema,
esbelta,
graciosa,
dança
para o seu amante,
como
diz a canção.
Um
vagabundo,
no
seu passo ondulante,
suporta
em seus ombros
o
peso da desilusão.
Nas
quentes areias de África,
miúdos
brincam em gestos marcantes,
que
pela Sida morrerão.
Na
esquina da cidade
um
casal,
em
plena madrugada,
procura
carinhos esfuziantes,
esvaindo
sua sofreguidão.
Eu,
num quarto de hotel,
olhando
a rua deserta,
no
peso da insónia minha,
busco,
penetrante,
um
sentido para a minha solidão!!!
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