... semeemos amor...
Oh!
Trigais, lindos trigais!
Imagem
inscrita no fundo da memória,
meu
equilíbrio entre os sons e os sentidos,
afastai
de mim as névoas matinais
e
o baixo murmúrio da terra
que
me consome
e
que me provoca uma imensa inquietação do inacabado.
Eu,
que recuperei a tua imagem,
fugaz
como a estadia de folhas no fim do outono,
sempre
amarrado ao mastro do verso,
busco
tom exacto da tua voz,
para
gravar em meu peito
quando
sinto a luz ou as aves que cantam.
Tenho
comigo tudo o que agora me recusas:
O
amor que me atira ao passado,
o
horizonte no crepúsculo dos meus sentidos.
Só
a tua respiração me liga à vida.
Eu,
náufrago de antigas emoções,
contigo,
a
vida regressaria até em pleno Inverno!
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