Paz

Paz.
Aceitei, como melhor, uma designação interessante de um jornalista brasileiro.
A Paz é o Equilíbrio do Movimento.
Um simbiose entre o mais e o menos. É o óptimo relativo.
No Universo tudo gira, tudo se movimenta. Nada é estático e quando se faz, está feito. Desde o princípio, aquando da sua explosão, o movimento é constante. Com ele o caos vai-se ordenando. Numa expansão criativa e generativa. Um jogo de relações que tem como parceiros todos e tudo.
É a tese básica do física quântica, da biologia e da cosmologia.
O Universo é um jogo total, de relações articuladas e dinâmicas. É um jogo interactivo de energias e dinamismo. Os biólogos dizem que a vida emerge quando se atinge um determinado nível de auto-organização. Como um imperativo cósmico.
O movimento é continuo, nunca acaba e ainda não deixou de nascer.
O equilíbrio é fundamental para que o caos se transformasse em cosmos e a desordem em ordem aberta.
Movimento desordenado é destrutivo.
Equilíbrio produz harmonia e ordem.
O movimento produz equilíbrio e este é a base da paz. Mas tem de ser um movimento na justa medida, nem mais nem menos. Humilde nas medidas e inteligente nas possibilidades.
A nossa vida depende, até hoje, dessa justeza.
A paz do universo é o equilíbrio do movimento dos astros. Senão caiam sobre as nossas cabeças.
Olhe-se agora a sociedade actual. Ela é o motor da destruição da paz. O fundamentalismo, a polarização insensata, a desregulamentação da economia e do mercado esmagam a cooperação, numa evolução desequilibrada. O neo-liberalismo, como pensamento único, ao estar a ser difundido a todos os quadrantes da terra destrói a diversidade. A imposição de técnicas administrativas e de produção, devasta os eco-sistemas. As relações entre povos, norte e sul, reforça a arrogância. Os conflitos religiosos são manifestações de destruição do equilíbrio do movimento.
A paz está em perigo!
Somente uma nova aliança com a natureza, com base no movimento-equilíbrio-paz, teremos sociedades sem barbárie.

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