Resistir, por vezes, é olhar o passado (7º ciclo)


E mais uma pergunta: Quais os serviços que esses paraísos fiscais prestam?
O paraíso fiscal que queira atrair clientela oferece uma gama de serviços financeiros apropriados: Parcelas em parques tecnológicos com equipa e logística perfeitos, em particular em meios electrónicos e informáticos de comunicações que permitem o acesso livre, em tempo real, a todos os mercados mundiais, e correspondência assegurada com as grandes redes bancárias, geralmente representadas no mesmo lugar.
Foi assim que o Governo espanhol teve de conceder aproximadamente 100.000 linhas de telefone fixo a Gibraltar em 2002 para que pudesse reconverter-se num paraíso fiscal competitivo ao serviço das imobiliárias da Costa do Sol.
Facilidades para atrair um grande número de advogados, economistas, financeiros, brokers, contabilistas, auditores, assessores fiscais... para oferecer assistência, peritagem, arbitragem, gestão jurídica local e contabilística aos clientes.
Segurança e estabilidade política.
Débil (ou nula) repressão da criminalidade financeira.
Débil (ou nula) cooperação internacional.
Segredo bancário contra qualquer investigação criminal, ausência de controlo de câmbio, direito a constituir qualquer forma de sociedade, real ou fictícia, com anonimato garantido para os intervenientes.
Exoneração fiscal ou imposição simbólica.
E alguém já ouviu falar em paraísos fiscais virtuais?
Exactamente! O boom registado nos paraísos, como o Luxemburgo, Liechtenstein, Andorra, Panamá, etc., levou à proliferação dos mercados virtuais. O mais avançado neste campo são os paraísos fiscais localizados em países virtuais como The Dominion de Melchizedek ou o Reino de Enenkio, que alegam estar situados em atóis da Micronésia, mas que graças às suas operações online trabalham com a mesma eficácia ou mais que a dos seus congéneres materiais.

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