O que fazer?

O que fazer? Que teoria económica seguir ou transformar, para que o mundo civilizado regule a actividade financeira? Como colocar esta aldeia global mais justa, cooperante e mais equitativa?
 
O dinheiro discute as regras politicas porque quer ganhar mais. Destrói para financiar a sua recuperação, logo, ganhar vezes sem conta.
Insaciável, mantém os investidores sempre querendo mais, procurando alvos cada vez mais qualificados e maiores. A ganancia do lucro está na génese desta actuação.
Desde Marx que as teorias económicas foram evoluindo, com adaptações determinadas por cada momento vivido. Estamos no momento de pensar outra. Seria fácil, talvez, monopolizar os políticos para uma actuação concertada. Mas não me parece possível que os frutos dessa luta, que – diga-se em abono da verdade – está sendo travada pela UE, resulte na equidade. Na cooperação, alguma, pelo menos na face visível. Mas pode-se dizer que sim e na pratica as coisas não resultarem. Porque a promiscuidade entre a politica e a economia é total. Haverá sempre caminhos de fuga.
A teoria Keynesiana está certa. O capitalista não é mais do que um individuo que nasceu para amealhar. O risco não está no seu horizonte. Ele só procura o lucro, se possível, da maneira mais rápida. Decide perante a sua margem e nunca sobre premissas diversas, como a equidade, a cooperação ou a justiça. O dinheiro é fulcro, único. Quem arrisca é o empresário, com dinheiro ou sem ele. E o empresário, se é capitalista na acessão do termo, nunca levará a bom fim a seu projecto empresarial. O empresário é um empreendedor, importante que seja inovador, mas arrisca para satisfação da sua capacidade de fazer obra, pensa nos meios de produção como um fim para a concretização do seu desejo. O dinheiro é apenas um meio. O lucro é um dos objectivos, mas o verdadeiro empresário coloca acima dele a realização do seu projecto empresarial.
A esta massa humana, capitalistas e empresários, junta-se o operário, os meios humanos que colaboram na concretização do projecto empresarial. A motivação dos Recursos Humanos é a chave mais importante para o êxito. Quando melhores as condições sociais do emprego mais produz, um salário que permita o seu bem-estar como Homem torna-o satisfeito e predisposto a colaborar no máximo das suas capacidades ao projecto a que foi chamado. Nos dias de hoje, a satisfação social é o maior atributo que o trabalhador aspira e pretende atingir.
O Estado faz regras, vigia a sua aplicação, pune e elogia. Na essência, deve-se limitar à sua função social. E a projectos de grandes dimensões que tragam efeitos reprodutivos à vida da comunidade.
A teoria neoliberal que afirma, os “mercados tudo regulariza”, tem os dias contados na consciência dos homens livres. Porque os mercados são o dinheiro e este, se sempre foi a mola do desenvolvimento é também o motor da discórdia.

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