Episódio 4.

... Pretendi não emitir uma ordem, mas acho não ter sido muito convincente nesse desejo. Maria toma acento e bate a porta com fúria.
- Eu não fico na tua casa! – grita – não mereces a minha companhia!
Os olhos enchem-se de lágrimas. Tapa a cara com as mãos, em desespero. “Eu não quero chorar”.
Arranco em direcção a casa.
Não emito uma palavra, sequer. Na minha aprendizagem, no momento, o silencio era a melhor arma.
Nessa noite, ..., fui, de novo, à enciclopédia e li o que dizia sobre o nome de Maria: “Hebraico, significa senhora soberana. Nome que indica serenidade, força vital e vontade de viver. Por vezes são forçadas a pedir auxílio para resolução dos muitos problemas que tem de enfrentar na vida e para aguentar a dor”.
Adormeci com a sensação que gostaria de ser a pessoa a quem Maria teria de pedir auxilio, antes de adquirir a serenidade e a vontade de viver.
Mas não tenho dúvidas, muito me tenho de aplicar para isso. 

(não deixe de acompanhar os episódios seguintes) 


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