Episódio 19.

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- A última dúvida e a minha grande preocupação: O que estamos fazendo com a Natureza!

- É isso, minha querida filha, o que estamos destruindo no lar que nos foi dado!

Na terra que vos foi dada para viver, a Natureza é o seu maior prodígio. Ela evoluirá, favorável ou desfavoravelmente, consoante o tratamento que lhes derem. A riqueza e o poder não são factores de alegria nem de felicidade, quando conseguida à custa de insatisfação de muitos outros. O equilíbrio do Cosmos, o Universo enquanto sistema ordenado e coeso, depende da harmonia do vosso bom senso, das relações humanas entre as obras, que a evolução determinará, e a coesão de Raças.

O Pai fez, no Seu início, as raças de diversas cores num desafio permanente à vossa inteligência, à coesão de pensamento, à solidariedade, todos eles conjunto de mecanismos morais que deverão articular as Leis por vós erigidas.

Agora, sendo vós uma emanação do Pai, a falta de unidade levará à guerra, à destruição, à queda dos valores humanistas. A fome dos devastados originará a perda de equilíbrio do vosso mundo como o conhecem, o Sol brilhará mais, cada vez mais quente mas queimar-vos-á o corpo, as águas subirão nos seus leitos e a terra ficará mais pequena, o ar será inquinado e a vida será esvaída aos poucos.

São vós, o Pai, a sentenciar a Humanidade.

Quem for culpado desse crime horrendo que determinará a vossa própria extinção, para esses, antes do fim, haverá o pesadelo nos seus corações.

- Recriaste o Fim do Mundo!

- Desculpa, não?! É Jesus que nos aponta o Fim do Mundo se os Homens fizerem asneira...

- Asneira? E da grande! É por isso que há uma data para esse Fim do Mundo, 21 de Dezembro de 2012. Estamos realmente apodrecendo!

Maria ia resistindo às lágrimas, à emoção da conversa, talvez ao peso ou ao medo de um desaparecimento colectivo. Levanta-se da cadeira e senta-se na minha, abraça-me e deixa-as correr pela sua face triste. 

(O último episódio, breve...)