Capitulo 6.
Casei-me
cedo e, evidente, mal preparado, confuso na comunicação e inseguro
no sentimento de segurança que determina um casamento feliz. Errei
todos os dias, em incompreensão, desmazelo, zangas sem música.
Transformei-me num monstro e num poço infestado para os filhos que,
teimosamente, a mulher queria dar ao mundo depois de inconcebíveis
ataques perpetrados nas minhas noites de inconformismo.
Claro
que só atingi este diagnóstico depois de catástrofe consumada, em
período de purgação e no final, de purificação emocional.
Hoje
sou um produto da sociedade em que vivemos, emocionalmente
descompensado, permissivo quanto baste, sem
afecto e convertido em gélida indiferença. O meu ponto positivo e,
por isso, passível de remissão, é o conhecimento adquirido dos
factos e o acérrimo desejo de inversão do ónus que carrego sobre
os ombros.
(continue a seguir os episódios...)
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