Esta Ano ofereça tolerância.

Vem a propósito de um anuncio que li... sobre qual a melhor oferta desta quadra ao Ambiente: “viva esta época segundo o espírito de partilha e fraternidade. Não ceda ao stress, sorria”.
Esta apregoada tolerância nos comportamentos já teve o condão de me fazer “sorrir”, o que é sempre bom, um sorriso faz muito mais pela saúde do que mil medicamentos, e exerceu em mim o espírito sedutor – porque não utilizar a influencia desta crónica para cativar o leitor para algumas boas práticas?
Mas ao procurar a sua etimologia deparei com espírito sedutor = demónio. Aqui fiquei, por momentos, surpreso. Mas quem são, normalmente, as pessoas que nos segredam ao ouvido que o mundo só será belo se o vivermos a nosso belo prazer?
Solicitei, por isso, aos espíritos celestes que me afastassem nos espíritos das trevas, dos espíritos impuros e dos espíritos malignos. E ainda clamei pelo espírito santo que me desse um espírito rude, ou seja, um espírito forte que me ajudasse a entender este mundo em que vivemos, sem tolerância, onde se não reconhece o direito à diferença, à impaciência demonstrada pelos nossos políticos quando são obrigado a ouvir opiniões opostas, a dissimulação ou disfarce que aparentam quando alguém reclama melhorias consensuais, pedindo condições de trabalho, por exemplo, para os vendedores do Mercado Municipal de Anadia, numa obra inaugurada há três anos e onde “esqueceram” que o frio afasta os clientes e mata os vendedores.
Mas fui mais longe, procurei ajuda junto dos grandes espíritos do século para me ajudarem a conceber com rapidez e, também, enunciar de um modo engenhoso e gracioso, uma Boa Nova que nos animasse neste principio do ano de 2012. Mas qual?
As notícias são catastróficas, os bons exemplos tão poucos, a ajuda desinteressada tão mesquinha, que me pergunto: em quem vou acreditar?
Talvez um espírito de cooperação fosse um antídoto para a mentira, a desonestidade, os compromissos que não se cumprem, as falinhas mansas. Olhem para a Europa que temos e as promessas que deixaram de bailar aos nossos olhos enganados, que ela seria a certeza de vida melhor, o encosto para os dias frios de inverno.
Pois... compraram-nos com dinheiro fácil, com riquezas ao alcance de todos – eram, não eram? – com pouco trabalho, quando nos obrigaram a fechar fábricas, a abandonarmos os nossos terrenos agrícolas, a abater os barcos de pesca, porque tudo viria da Europa, de Países ultra simpáticos que nos considerariam irmãos e até que nos davam dinheiro para comprar o que nos faria falta perante o abandono do nosso trabalho árduo de labuta pela vida.
Como que este mundo fosse misericordioso para quem não trabalha...
Agora, somos os terríveis povos do sul...
Por isso, a minha proposta final para o espírito da cooperação!
E a minha total concordância ao anuncio que li e que deixei a parte restante para agora: ”Faça as suas compras utilizando os transportes e adquira apenas presentes simbólicos ou presentes feitos por si”.
E eu acrescento, tenha sempre um espírito solidário.
Vamos precisar muito dele, para aquecermos a nossa alma nestes conturbados tempos do Século XXI numa Europa sem chama, sem carisma e, sobretudo, à deriva.    
Envio a minha mensagem final:
“2012, época de mais crise... ano do salve-se quem puder... Se algum de vocês conhecer a fórmula de mudança, diga... senão viva a ALEGRIA... pois é a única coisa que ainda não paga imposto.”  

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