Soluções?


As ideologias são peças estratégicas que podem ser perigosas, se mal entendidas e aplicadas. Esta ideia tem fervilhado na minha cabeça, vezes sem conta, deste o PREC de 1975.

Será melhor um governo de esquerda ou de direita?

Porquê a luta de classes ser sustentada pela esquerda?

Qual a razão de se ostracizar a direita com promessas de lutas de rua, greves e agitação destabilizadora?

O que impele a esquerda a manter viva a questão da renegociação da dívida?

A esquerda não será boa pagadora? Quando alguém desse sector pede dinheiro emprestado a um amigo ou ao banco, já terá a intenção de não pagar?

Confirmo a não veracidade desta afirmação!

Tenho amigos de esquerda que solicitaram empréstimos e pagaram religiosamente as prestações.

Logo, deve haver uma outra explicação para a guerra, desses partidos de esquerda, contra a ajuda financeira que Portugal solicitou.

Nunca fomos um País rico e, tudo indica, nunca o seremos no futuro.

Há décadas que somos ajudados financeiramente pela Europa, face à contrapartida da adaptação da nossa estrutura económica a um conjunto de regras de mercado.

A esquerda diz: a Europa destruiu-nos a pesca, a agricultura, a industria, tudo o que tradicionalmente fazíamos.

Esquecem-se que, em 1979, primeira data da ajuda financeira, já tinham destruído o País, num ataque constante à área privada, nacionalizando tudo o que dava dinheiro.

Os monopólios privados passaram a interesses do Estado.

Mas éramos livres, enfim!

Desde 1974 que se preconizara a convivência em paz e amizade com todos os povos, o direito à autodeterminação das populações, o fim da guerra colonial.

Tudo eram práticas de vanguardismo, acção autónoma de lutas, experiências de auto-governo, ocupações de fábricas, expropriações de terras e de habitações, tentativas de gestão colectiva da produção e troca de bens, liberdade de expressão e do pensamento crítico.

Eram as correntes modernas da emancipação social.

Mas deram cabo da economia!

O caos instalara-se e os Governos desde então, deslumbrados com a liberdade, deixaram a torneira aberta.

O mais preocupante é que o Mundo, por essa altura, passara a ser um mercado global e a Internet tomara conta de nós.

Já nada podíamos fazer sozinhos, a URSS explodira, a Europa terminara um longo ciclo de harmonização territorial e a África concluíra a sua autodeterminação.

Só nos restava escolher, manter-nos no 3º mundo ou aderir ao clube rico da Europa.

A esquerda mais uma vez não gostou, acabara de vez a hipótese de todos sermos iguais em direitos, em deveres, em salários, em regras de vida, autómatos nas mãos do Estado Todo Poderoso.

A luta continua, continuam dizendo eles.

A ajuda financeira da Europa terá de se manter, digo eu!

E o Governo de direita que vamos ter, terá de cumprir o contracto com a Europa e o FMI.

Sempre aprendi desde pequenino que quem recebe tem de saber dar, logo, um empréstimo paga-se, como um favor se retribui.

Um mercado globalizado de hoje, para funcionar, tem de ser reestruturado.

Demora anos.

Somos uma geração a viver um período de transição.

Quero imaginar que os nossos netos terão uma vida melhor.

Até lá, trabalharemos para esse futuro, sempre com a lembrança (nos momentos de desespero) que fomos nós que nos deixámos destruir no passado recente.

Estou errado?

Não!!! Sei que não estou!

E já sei a resposta, a esquerda só quer a manutenção dos direitos adquiridos de então, esquecendo que também têm deveres.

Até agora, somos aprendizes da liberdade, mas não aprendemos mais nada!

Até quando nos sentimos enganados por um qualquer Governo e temos a hipótese de com o voto dizer algo de importante, 40% de nós fica em casa, esquecendo-se que esse direito é um dever.

Assim não vamos lá, seja para onde que queiramos ir.

Mas, caramba, nós evoluímos bastante nestes anos!!!

Só precisamos de mais um pequeno/grande esforço para uma maior qualificação.

Seguir-se-á maior produtividade no trabalho, menos desemprego, melhores salários.

A cadeia para o sucesso, digo eu!


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