O que queremos ser

Vamos ser claros por uma vez:

Copiar num teste de aferição de competências para a carreira de Juiz é a negação de tudo o que há de mais sagrado nessa profissão, a honestidade.

Justificar esta verdade com panos quentes é pior, ofende a moral.

Dar nota positiva a quem comete fraude é ir de mal a pior, uma falta tremenda de decoro, de desrespeito por si e pelos outros.

Eu que tenho centrado as minhas opiniões, de como vai este País, na sua incapacidade de gestão das instituições, com nocivas repercussões na nossa vida quotidiana, só me resta concluir que é por estas atitudes que se mede a gélida temperatura politica do País.

Um novo governo é um momento de esperança.

Não por ser de direita ou esquerda, mas por ser uma mudança.

É ela que permite almejar atitudes diferentes para os problemas.

Voltemos a ser claros, ou escolhemos definitivamente o caminho mais difícil e damos o rumo certo às expectativas criadas pelo jovem e supostamente competente elenco governativo, ou vamos para as “maldivas” em passo acelerado.

A situação nos países do Magreb tem sido explosiva, as manifestações na Europa uma constante, os anos próximos vão ser de aperto e ninguém tem duvidas que, em Portugal, a contestação social irá crescer até níveis nunca vistos.

Por actuação politica da nossa extrema esquerda que saberá colher e potencializar as sinceras manifestações de mais dificuldade e de maior miséria, que surgirão entre nós.

Ser forte nestas circunstancias, em que vemos, à nossa volta e noutros países, levantamentos populares legítimos, é difícil e vai ser muito complicado.

A luz ao fundo do túnel que todos nós hoje gostaríamos de ver, poderá ser uma realidade se:

O Governo fizer a sua parte, mas se nós fizermos a nossa.

Os 40% dos 10 milhões que somos e que ficaram em casa no dia das eleições podem estar desinteressados da politica, não acreditar nela até, mas se não ajudarem a que todos façamos o trabalho de casa que as circunstancias exigem, acreditem, os ventos da Grécia invadir-nos-ão e passaremos maus bocados, porque a luta pelo pão de todos os dias não se faz na rua mas sim nos locais de trabalho, no esforço conjunto de maior exportação de bens, nos supermercados na compra dos produtos nacionais.

Já li algures, que se todos só consumissem produtos fabricados em Portugal o deficit pagar-se-ia num instante e o nosso crescimento económico seria uma realidade.

Logo, parece que somos nós a chave do sucesso que todos procuram.

Só fazer o que é devido, sempre melhor, com maior produtividade.

E melhores salários virão daí.

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