Dor

Hoje, por momentos,

ouvi o cantar dos rouxinóis na madrugada

da minha mente entristecida.

Senti a terra interromper seu curso,

resultante, talvez,

de um qualquer efémero equilíbrio

entre os sentidos e a quietude da natureza

que se explanava diante de meus olhos.


A Terra, em murmúrio,

insistia em afastar funestos pensamentos.

Nesse momento,

protegido pelo vidro

embaciado com o calor húmido da casa,

algo invadiu minha alma

que sentiu a esperança da alegria de viver.


Mas, o nascer do sol,

a inquietude das folhas da madrugada,

eclodiram rudemente no silêncio do meu quarto.

Vi a última estrela apagar o fugaz brilho de meus olhos,

mostrando

que, há luz do dia,

o meu coração continua a bater de dor.


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