A China e a próxima contestação social

Há pessoas preocupadas com a reacção da China à crise financeira que a todos envolve.Possivelmente pelo enorme “vulcão” que determinará uma qualquer reivindicação social vinda daqueles lados.
Pudera! São muitos milhões de pessoas até agora sem acesso ao consumo. Mas têm sido parceiros directos na grande evolução económica chinesa desde há 30 anos, quando Deng Xiaoping, o criador do chamado socialismo de livre mercado, passou a controlar os destinos da China, depois da morte de Mao Tse Tung. Caracterizado por grande abertura diplomática, abriu-se aos Estados Unidos, buscou investimento estrangeiro, criou zonas económicas especiais, para instalação de empresas estrangeiras desde que tivessem parceria com empresas chinesas. O êxito das suas reformas económicas é justificado por terem sido feitas de baixo para cima: primeiro as mudanças foram testadas nos municípios e nas províncias e só depois foi implantada, gradualmente, em todo o país. O primeiro passo para a China a todo o vapor que hoje temos.
No entanto, a evolução económica tem custos sociais que não foram, ainda, tidos em conta pela gestão do País.
O povo chinês foi chamado à revolução económica mas não lhe foi consentido a evolução social e, isso, paga-se caro. Não se pode pedir desenvolvimento e pensar que na cabeça das pessoas não nasce o desejo de melhoria de vida. Um dia nascerá essa legitima aspiração e os tumultos acontecerão.
A liderança chinesa vai ser confrontada, brevemente, com reivindicações sociais sem impar na história da evolução deste gigante asiático.

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